quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Minha aventura das três da manhã

Eu tinha acabado de ver um filme que passava na Warner, "A Esfera", e fui me deitar na cama.
Minutos se passaram lentamente, até eu perder a noção do tempo enquanto eu encarava o teto e o teto me encarava...
Então o cachorro da minha irmã - Chico - começou a latir da cozinha, preso por uma grade bem na entrada da cozinha. Eu pensei "o que faz um cachorro latir?", e minha mente tirou todas as possibilidades possíveis, e, naquele meio segundo, até fantasmas passaram na minha cabeça, apesar de eu ser um cético inveterado.
Concluí que ou não era nada ou eram ladrões.
O pensamento de que eu estivera assistindo televisão a poucos minutos, e de que eles só estavam esperando eu desligar tudo para entrarem passou pela minha cabeça voando, mas eu só o reconheci agora, enquanto escrevo esse texto.
Impressionante o que pensamos nesses momentos. Eu olhei em volta, de pé, no quarto iluminado pelo abajur e pensei em coisas absurdas e completamente aleatórias, que eu nem lembro mais.
Cogitei o perfume, o desodorante, uma maldita caneta!
Mas eu não tinha no quarto nada que pudesse me defender, e agora, acordado e pensando melhor, vejo que devo ter percebido isso mesmo no meu meio-transe, pois eu desisti da ideia pouco depois de olhar para os meus livros - muitos.
Estiquei a mão e fui à maçaneta.
Acendi a luz do quarto pensando "como raios eu vou me defender de pijamas?", mas isso não me impediu de abrir a porta do quarto. No segundo que levou para eu abrir a porta por completo e deixar a luz acesa do meu quarto irradiar o corredor escuro enquanto o cachorro latia na cozinha, eu vi a imagem clara e vivíssima do ladrão que esperava, com uma máscara e uma arma - uma faca? Mas não tinha ninguém, e eu deslizei para fora do quarto, até a cozinha, onde ele latia, e vi que ele estava bem na entrada da cozinha escura, e a parte racional da minha mente concluiu que não havia ninguém lá também, senão ele estaria encarando o invasor.
Não entrei na cozinha, mas fui até a sala de estar e acendi algumas luzes. Olhei em volta, senti, e não havia ninguém. Desliguei as luzes e fui voltando para o meu quarto, repassando na cabeça o que tinha acontecido nessa experiência banal.
No caminho, olhei para o cachorro e murmurei "controle-se", ao que ele respondeu um grunhido de cachorro.
Entrei no quarto, desliguei as luzes, sentei na cama.
A ideia de escrever sobre isso me veio nessa hora, e eu me levantei, agarrei uma caneta qualquer, e anotei numa cópia da prova do Michigan do ano passado "Escrever sobre o incidente!", e voltei para cama.
E foi assim que, até cair no sono e dormir, eu passei a noite pensando nas palavras que usaria nesse texto, das quais poucas ou nenhuma eu me lembro.



Tenham um bom resto de dia :)

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